"O grupo chamou o Altare del Santo, que Donatello executou cerca de 1447-50, composto por vinte e nove peças de escultura. Sete estátuas de bronze de pé livre (Madonna Enthroned with Child, St Francis, St Anthony, St Daniel, St Justina, St Louis, St Prosdocimo), quatro bas-reliefs em bronze com os milagres de Santo António (Miracle of the Ass, Miracle of the New-born Child, Miracle of the Repentant Son, Miracle of the Avaricious Manlief Heart); quatro bas- Infelizmente, hoje não podemos ter ideia do verdadeiro arranjo arquitetônico de todo este material. De fato, no final do século XVI, o altar de Donatello foi levado a pedaços para dar lugar a outro por Gerolamo Campagna e Cesare Franco, que incluía o Crucifixo de Donatello. Finalmente em 1895 o altar atual foi projetado como uma reconstrução do altar de Donatello, embora seja apenas arbitrário, e a introdução do Crucifixo de bronze é uma falsificação no gosto do século XIX. Os críticos modernos têm repetidamente procurado chegar a uma reconstrução que mais se assemelha ao ideal de Donatello, e talvez o mais plausível é o que corresponde à descrição, contudo incompleta, fornecida por Marc'Antonio Michiel no início do século XVI. Michiel escreveu: "Na igreja do Santo acima do altar alto, as quatro figuras de bronze inteiramente na rodada, agrupadas em torno de Nossa Senhora, a própria Nossa Senhora, e sob as figuras acima mencionadas, na predella, dois bas-reliefs narrativos de bronze na frente e dois atrás. E os quatro Evangelistas nos cantos, dois na frente e dois atrás de bronze e em bas-relief, mas em meio comprimento, e atrás do altar sob a predella o Cristo morto com outras figuras ao redor e duas figuras à direita e dois à esquerda, também em bas-relief, mas em mármore, pela mão de Donatello. " " Este grupo escultural, rico com efeitos policromáticos devido ao uso de mármores coloridos, de decorações de ouro, prata e bronze, deve ter oferecido um espetáculo notavelmente brilhante. As estátuas da Igreja de Santo António marcam um outro passo na evolução do artista, e é óbvio que o tratamento autoportante das figuras permitiu um uso ainda mais amplo de efeitos expressivos. Na série Miracles, Donatello adotou o relevo achatado em uma superfície rugido que serviu para romper a luz e difundi-la, alcançando assim uma atmosfera luminosa em que as imagens incorpóreas parecem flutuar. Nunca até agora a arquitetura desempenhou uma parte tão proeminente nas cenas de alívio narrativo. Nos Milagres é o ritmo da arquitetura que une a multidão jostling e se sente como o protagonista principal. A peça central do altar é o grupo de Madonna e Criança. A Madonna é representada como uma sacerdotisa arcana que nasce entre os rostos de dois espinhos sorridentes na base de seu trono. É provável que para esta representação incomum da Virgem, tão oriental em sentimento, nem sentado nem em pé, mas pego no momento da ascensão, Donatello foi inspirado por algum ícone bizantino ou até mesmo um pedaço de estatuária etrusca."